terça-feira, 25 de setembro de 2012

Gestos de amor


Uma frase escrita em um muro, perdida no meio de rabiscos e desenhos, diz o seguinte: O amor não existe, o que na verdade existe, são os gestos de amor.

Ao ler esta frase, a primeira questão que nos vem à mente, quase como um reflexo, é nos perguntar como alguém ousa dizer que o amor não existe.

Porém, no esforço de tentar compreender essa afirmativa, questionamos: Como podemos conhecer o amor, sem a ação que o coloca em movimento?

A partir daí, somos capazes de compartilhar da ideia  desse desconhecido autor, que nos convida a pensar que o amor somente se revela através das atitudes de cada pessoa. 
              
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Gestos de amor...

Envolver um bebê recém-nascido nos braços, com encantamento e ternura, e perceber naqueles traços pueris, a manifestação da perfeição Divina.

Demonstrar interesse frente à empolgação de uma criança quando vem partilhar uma nova descoberta, por mais que, para nós adultos, não seja uma novidade.

Simplesmente escutar o outro, fixando-o nos olhos com atenção, mergulhando na profundidade do que está sendo falado.

Quanto bem somos capazes de proporcionar ao próximo nos colocando apenas na posição de ouvintes.

Presentear... Por mais singelo seja o presente, ele chega impregnado de bons fluidos de quem o oferta e carrega a mensagem: Lembrei-me de você.

Um afago, um abraço... O toque leva ao outro um pouco da energia salutar de quem o oferece.

Cuidar... do filho, do amigo, do irmão, do cônjuge, dos pais, dos avós e também daquele que pouco conhecemos.

Tratar quem quer que seja com respeito e consideração.

Partilhar, doar... qualquer coisa que o outro esteja precisando: alimento, agasalho, tempo, atenção, sorriso e afeto.

Dividir conhecimento... Cada ensinamento que passamos adiante é mensageiro de um pouquinho de amor.

Aconselhar, dialogar, preocupar-se, enfim, perceber a necessidade do outro e se fazer presente.

Perdoar... os afetos, os desafetos e a nós mesmos.

Ser caridoso. Jesus nos ensinou que a caridade nada mais é do que o amor em ação.

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Não é todo dia...


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Eu sou

Eu sou do tamanho daquilo que SINTO, que VEJO e que FAÇO, não do tamanho que os outros me enxergam.
Bob Marley

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ainda do amor

Ao meu amor prometi a lua,
a luz do sol e as estrelas.


Mas ele me disse assim:
 

Não quero presentes gigantes,
Não quero que tentes o impossível!
 

Vem, senta aqui comigo
e me dá o prazer da tua companhia.
 

Quero ouvir o teu riso, ou o teu choro,
assim como eu gostaria que me ouvisses também.
 

O maior presente que podes me dar é o teu "presente".
 

Já batalhamos tanto no dia a dia. Já trabalhamos tanto nesses anos passados...
 

Então, fica comigo genuinamente, fica comigo por amor.
 

Fica comigo de mãos vazias, sem presentes, mas com o coração repleto
da felicidade e prazer que possam te trazer a minha presença.


Andréa

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

7 de Setembro


Independência do Brasil!
 

Meninos e meninas

Da vida


Antigamente, quando ficava triste, eu queria que a alegria viesse em meu socorro em minutos, como se ela fosse a próxima estação do metrô. Não queria atravessar ruas desertas, pontes frágeis, transversais melancólicas, não queria percorrer um trajeto longo até conquistar um estado de espírito melhor.

Queria transformação imediata: da estação Tristeza para a estação Hip-Hip-Hurra, sem escala e sem demora.
 

Eu era ingênua em acreditar que poderia governar meus sentimentos. Como se fosse possível passar por estações deprimentes sem as ver, deixá-las para sempre presas no underground e saltando nas estações que interessam: Euforia, Segurança, Indepêndencia. Os pontos turísticos mais procurados.
 

Viver é uma caminhada e tanto, não tem essa colher de chá de selecionar onde descer. É preciso passar por tudo: pelo desânimo, pela desesperança, pela sensação de fracasso e fraqueza, até que a gente consiga chegar a uma praça arborizada onde iniciam outras dezenas de ruas, outras tantas passagens, e a gente segue caminhando, segue caminhando.
 

Locomover-se desse jeito é cansativo e lento, mas sei que não existe outra maneira consciente de avançar. Metrôs oferecem idas e vindas às cegas. Mantém nossas evoluções escondidas no subterrâneo. A gente não consegue enxergar o que há entre um desgosto e um perdão, entre uma mágoa e uma gargalhada, entre o que a gente era e o que a gente virou.
 

Não tem sido fácil, mas sinto orgulho por ter aprendido a atravessar, em plena luz do dia, o que em mim é sombrio e intricado. Não me economizo mais. Me gasto.

Martha Medeiros

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Uma estrela


Uma das coisas mais belas da vida é olhar para o céu, contemplar uma estrela e imaginar que muito distante existe alguém olhando para o mesmo céu, contemplando a mesma estrela e murmurando baixinho: "Que Saudade" 

Bob Marley