terça-feira, 31 de dezembro de 2013

National Geographic - Life in Color: Gold

 
Curling Wave, Massachusetts
 Photograph by Michael Melford


Feliz Ano Novo!

Para ganhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
 
Carlos Drummond de Andrade 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Melhor Presente

Você já teve, alguma vez, dificuldade para escolher um presente para alguém?  Isto é, ficou se questionando o que deveria comprar: o que fosse mais útil, o mais vistoso, o mais bonito, o mais caro?

Uma mulher que procurava presentes para seus filhos, sem ter certeza do que eles usariam ou do que eles desejariam, escreveu mais ou menos assim:

Por vezes é importante recordarmos as lições sobre o que é presentear de verdade. Ganhei amor pela leitura porque meu pai me mandava ler e tinha um escritório cheio de livros, com os quais passava horas todos os dias.

Comprar livros para aprimorar as mentes dos cinco filhos era, para meu pai, uma prioridade superior a comprar brinquedos e roupas supérfluas.

O exemplo de meus pais me deu a crença de que eu e outros podíamos fazer mais do que reclamar, torcer as mãos ou ceder ao desespero em face dos males que infestam o mundo.

Meu pai, um professor e pastor, procurava educar a mente dos fiéis, além de tocar seu coração.

Ensinava que a fé necessitava de ação e que a ação só podia ser sustentada pela fé, diante do desalento diário e da injustiça em nossa sociedade.

A força que possuo hoje me foi presenteada pela firmeza de minha mãe perante duros desafios. Dela recebi o interesse pelas crianças sem lar, que ela adotou depois da morte de meu pai.

Ainda hoje eu me envergonho de meu ressentimento quando me pediram que partilhasse o quarto, por alguns dias, com uma criança sem teto. Enquanto eu crescia, minha mãe me deu muitos irmãos e irmãs de criação.

Quem me ensinou a lidar com o medo foi uma mulher que morava numa casa de quatro cômodos, sem pintura, com uma grande varanda na frente e outra, pequena, nos fundos.

Eu adorava ficar com ela quando meus pais viajavam para alguma convenção ou para visitar algum parente.

Certo dia, quando uma grande tempestade de verão ameaçava desabar, ela me pediu que apanhasse as roupas penduradas na varanda dos fundos, para que não ficassem encharcadas.

Quando me dirigia para a varanda, ouvi um grande trovão. Corri de volta e disse para a senhora Thereza que tinha medo de ser atingida por um raio. Ela me explicou calmamente sobre a fé em Deus, enquanto ia comigo pegar as roupas.

Enfim, verifico que nem sequer me lembro da maioria dos presentes que ganhei quando criança. Mas levo comigo, com o maior carinho, as lições de vida que na infância recebi de meus pais e dos adultos interessados e afetuosos da comunidade.

Espero, sinceramente, que essas recordações me deem forças para parar de fazer compras e, em vez disso, dar a uma criança um presente de verdade: tempo compartilhado com um adulto que se interesse por ela e que lhe repasse valores que durarão para sempre.
 


*   *   *

Quando acaricias o teu filho, agradas a ele ou te confortas a ti?

Quando o teu filho sonha, podes imaginar o país por onde ele viaja, nas asas do sono?

Saberá alguém o que pensa a criança na rápida quadra infantil?

As fadas dos sonhos, que habitam a aldeia da felicidade, essas sabem o que se passa com as crianças.

Se abrires as portas do coração para que elas te venham ensinar, o seu canto de amor te dará a música para todas as melodias que deves ofertar às tuas crianças.




Redação do Momento Espírita, com base no artigo Os melhores
 presentes, de Marian Wright Edelman, de  Seleções Reader´s Digest,
de dezembro/2001 e versos finais do Canto XVII, do livro Estesia, pelo Espírito
Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 11.12.2013.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Peru e meus avôs

Há anos atrás, quando eu ainda morava com meus pais e meus avôs ainda eram vivos, ocorreu a história que agora vos conto. Morávamos ao lado da casa de meus avós maternos e minha dinda por parte de mãe morava em frente a nossa casa.

Eis que minha dinda, em um ataque de nostalgia, resolveu criar perus. Ela conseguiu, não lembro como, um peru e três peruas, e os soltou no seu grande pátio.


Logo no início, o peru demonstrou um comportamento possessivo, e o pátio passou a ser só dele. Quem quisesse entrar ou sair tinha de ser escoltado pela minha prima, que sempre tinha uma bela e eficiente vassoura nas mãos...


Porém meu avô insistia em entrar no pátio sem escolta, dizendo que o peru era amigo dele.


E assim foi. O tempo passando. Meu avô insistindo com a tal "amizade" e o peru se demonstrando cada vez menos contente.


O descontentamento do peru foi tão grande, que certo dia, indignado da vida, pulou no meu avô e desferiu contra ele uma bicada certeira, bem no meio da careca...


Meu avô fiou furioso e deu a amizade por terminada, definitivamente!


O tempo passou novamente e minha dinda descobriu que não queria mais os perus. A nostalgia havia acabado...


Além do mais, o peru, que era todo metido com “os de casa”, deixou ladrões entrarem no pátio e levarem duas, das três peruas... Olha só que valentão!


Restaram então o peru e uma perua.


Meu pai, que gosta de animais, ficou temeroso pelo destino deles. Então ele teve uma grande ideia: todo solícito, comprou os perus e os levou para a irmã dele, por sinal minha dinda paterna, que morava no interior. Curiosidade: meu avô paterno morava com ela...


Ele levou os perus, com as patas e asas devidamente contidas. Foram os dois confortavelmente instalados no banco de trás do Fusca.


Chegando lá, soltou a bicharada no pátio da minha outra dinda e no outro dia voltou para casa, contente da vida, com gosto de missão cumprida nos lábios.


Passado mais um tempo, fomos visitá-los no interior. Chegando lá, ao cumprimentarmos todos, notamos que meu avô estava com uma marca expressiva na sua careca. Foi então que soubemos: o peru atacara novamente! E constatamos, aterrorizados, que ele era um serial killer, que adorava bicar as carecas dos vovôs.


Minha dinda não quis mais o perigoso animal no seu pátio. Imagina se ele resolvesse atacar todos os vovôs carecas que por ali passassem?


Então ela avisou solenemente que os doaria. E foi assim que eles mudaram mais uma vez de lar e não tivemos mais notícias deles...


Andréa W. Petry

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Poesia na Varanda

 
De repente, a poesia toma conta de nós: brota, passa, entra, grita, brilha…
e vai embora. Para onde?
Será que ela volta? Quando?
E por onde vai passar?



Muito lindinho este livro. É pura poesia. Ótimo para os pequenos... (=

Apego

 
E ela segura minha mão como se fosse gesso
E em seguida estala todos os meus dedos
E sorri, com cara de missão cumprida
E me abraça com o braço esquerdo
E me envolve: corpo e coração
E olha como se nada fosse
E encolhe toda do frio
E ameaça me soltar
E eu peço, por
favor, segure
um pouco
mais


Rafael Beltrame Zenato

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013