"Sim, eu tenho sonhos, e dos meus sonhos, eu colho estrelas, para iluminar o meu caminho..." Andréa W. Petry
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
O vento...
terça-feira, 15 de julho de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Viagens... viajar... viajantes...
Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia,
como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu
destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os
rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens
são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
“Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo”. Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
“Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo”. Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o princípio, é o nosso conceito do mundo. É em nós que as paisagens têm paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como às outras. Para quê viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e género das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.
Livro do Desassossego. Vol.II.
Lisboa: Ática. 1982. 387p.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Inocência
"...
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência, não pensar..."Fernando Pessoa
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