terça-feira, 31 de julho de 2012

Amar ou depender

Sinopse

Assim como as substâncias químicas, existem relações amorosas que são tóxicas e que viciam. Reconhecer o limite entre o amor e a dependência afetiva, entretanto, nem sempre é fácil. Em Amar ou depender?, o psicólogo Walter Riso, autor de obras que venderam cerca de 2 milhões de exemplares em todo o mundo, mostra os principais problemas atrelados ao apego excessivo e ensina que a cura não só existe como está ao alcance de todos.

Neste exato momento, milhares de pessoas encontram-se presas em relações amorosas inadequadas, por motivos que vão desde a insegurança até o medo do abandono. Sofre-se muito por amor: existem maneiras oprimentes de amar e relações problemáticas que podem até tornar-se perigosas. Tais desvios do sentimento amoroso são capazes de provocar efeitos tão devastadores quanto aqueles causados pelo abuso de substâncias químicas.

Em Amar ou depender?, Walter Riso propõe uma verdadeira aula de auto-estima e comprova que é possível desvencilhar-se das ataduras psicológicas, ser independente e, ainda sim, continuar amando. Com a experiência de ter estado em contato com vítimas de amor doentio e de casos estudados durante vinte anos de exercício profissional, o autor usa a premissa de que amar somente se justifica quando podemos fazê-lo de forma tranquila e com liberdade.

Especialista em terapia cognitiva, Riso traduz conceitos científicos para uma linguagem simples, clara e direta, fazendo de Amar ou depender? um guia para os primeiros passos em direção a uma vida amorosa saudável. Ao final do livro, são apontados exercícios práticos para desligar-se de uma vez por todas de um relacionamento doentio e estratégias para se iniciar uma vida nova sem dependência afetiva. Para todos os que acreditam que é possível amar sem prejudicar seu amor-próprio e fazer da paixão uma experiência plena, proveitosa e feliz.

Autor: Riso, Walter
 

Sonhando...


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sorriso



Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos.

O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem.

Não há dois sorrisos iguais. Temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso.

O Sorriso (este, com maiúsculas) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numa definição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de exprimir-se. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso.

José Saramago

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Menino do Mato

 

Eu queria fazer parte das árvores como os
pássaros fazem.
Eu queria fazer parte do orvalho como as
pedras fazem.
Eu só não queria significar.
Porque significar limita a imaginação.
E com pouca imaginação eu não poderia
fazer parte de uma árvore.
Como os pássaros fazem.
Então a razão me falou: o homem não
pode fazer parte do orvalho como as pedras
fazem.
Porque o homem não se transfigura senão
pelas palavras.
E isso era mesmo.

Manoel de Barros, Menino do Mato.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

domingo, 15 de julho de 2012

As pétalas do teu corpo


Desnudo as pétalas do teu corpo
em dedos febris me consumo
do teu olhar teço pássaros de fogo
do teu cabelo bordo cascatas fome

No meu rosto cintila Andrômeda
no meu peito latejos de mariposa
na minha boca a suculenta romã
nas minhas mãos o fulgor da manhã

No torvelinho da tua alma me perco
nas vítreas gotas dos teus poros, gotejo
na aura do meu estonteamento, levito
no insano momento de languidez, feneço

E no silêncio das minhas mãos febris
poeto versos no teu corpo consoante
na embriaguês das eternas vogais,
sussurro o sibilado vocábulo, amo-te

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Do not forget...


Da comunicação...


Das minhas tantas dúvidas, eu insisto em perguntar: "por quê esta tristeza?", "está tudo bem com você?", "foi bom o seu dia?", "eu disse ou fiz algo que você não gostou?"...

Eu insisto em perguntar... Talvez por ter havido tão pouco diálogo na minha família, o tempo inteiro, desde a infância até a idade adulta. Talvez por eu ter visto tanto desencontro, tanto desentendimento, pela falta de uma simples pergunta, ou pela falta de uma resposta firme, porém carinhosa... Não é preciso responder, quando não se quer. Mas um simples: "Não quero falar agora, ok?" ou "Estou triste agora, prefiro não conversar"... É isto, tão simples, mas tão pouco usual. Fico pensando quantas discussões, desentendimentos, rompimentos, sofrimentos,... poderiam ter sido evitados. É tudo uma questão de... FALAR...

Este FALAR porém, deve estar baseado no respeito, na confiança e no querer bem...

Eu, particularmente, fiz muitas perguntas na minha vida e destas, muitas bateram em uma parede e fizeram eco nas atitudes das pessoas, mas não tive o prazer de ouvir uma simples resposta. E o que aconteceu? Fui deixando de perguntar... Passei a tentar adivinhar e então... então me perdi em suposições que não podia provar...

Porque o ser humano sabe FALAR? Para se comunicar, não é? Tanto que pessoas que falam idiomas totalmente diferentes tem grande dificuldade em enterder umas às outras...

Pois as vezes o que me parece é que pessoas que falam o mesmo idioma não sabem o poder da palavra, da comunicação,... E então, tantas coisas se perdem, coisas por vezes preciosas, que não serão jamais substituídas ou recuperadas.

Agora aprendi a calar... Mas não desaprendi a falar... Agora falo com pessoas às quais quero bem, e sei que dão a devida importância ao diálogo. Calo com pessoas que também quero bem, mas que nunca me brindam com uma resposta...

É isto, muitas vezes nosso medo da incompreensão ou desaprovação, do isolamento, este mesmo medo, nos faz calar até com as pessoas que mais prezamos. E então ocorre que acabamos por não nos compreender e isolar. Se o resultado é o mesmo, não seria melhor tentar FALAR?

Beijos aos leitores, com carinho,
Andréa

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Teu tesouro...


E se o que tanto buscas só existe em tua límpida loucura - que importa? Isso, exatamente isso, é o teu diamante mais puro! 

Mário Quintana

Meu retrato...


 Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. Ela ouve a música que seu coração pede e modela seu ritmo ao seu estado de espírito. Ela dança a coreografia de seus sentimentos, e todos podem ver. Ela é mais que um sorriso tímido de canto de boca, dos que você sabe que ela soube o que você quis dizer. Ela fala com o coração e sabe que o amor, não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive.

Caio Fernando Abreu

Difícil...


Como é difícil encarar nossos problemas. As vezes sinto uma tristeza... Como é difícil tentar melhorar, tentar mudar, quando as pessoas mais chegadas a você não deixam, não confiam, não querem te apoiar, pois discordam da sua decisão... Como é difícil chegar à conclusão que você se enganou, e se enganou novamente, e provavelmente voltará a se enganar... Como é difícil tentar manter o coração aberto, mesmo sabendo que a maioria teima em se fechar... Ah, como é difícil...

Hoje meus olhos voltaram a marejar. Só que desta vez as lágrimas não cairam. Acho que estou aprendendo a passar o que tenho de passar. Mesmo sem ter uma única certeza, continuar a caminhar. Largar as cordas que me prendem, saber que nada depende só de mim... Sim, eu não faço o meu destino sozinha. O meu destino está entrelaçado ao daqueles que comigo convivem...

Sei, devo agradeçer (e agradeço muito) a minha saúde e daqueles a quem amo. Só não sei o que fazer com essa sensação de tristeza e solidão. Acho que só rezar e esperar e, na medida do possível, tentar fazer algo para mudar. Me esforçar para enxergar a mesma paisagem, porém com outros olhos, já que não podemos mudar instantaneamente de lugar...

Andréa

The Beagles


terça-feira, 3 de julho de 2012

Do amor


Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar.

Laure Conan