terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O vento...

by Anouk Lacasse
"Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."

Fernando Pessoa

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Feliz Natal 2014!

Uma estrela brilhava no céu, e ela era linda!
Tão linda, que três homens, sábios homens, a seguiram...
Eles sabiam que aquela estrela era especial, e que trazia uma mensagem:
Em Belém nasceu um menino, um pequeno rei.
O seu reino é de justiça e amor, e não é deste mundo.
Ele nasceu para ser nosso pastor e nosso amigo,
E nos mostrar o caminho de volta para casa.
Ele nasceu porque nos ama, e nos amou desde sempre,
Ele nasceu para nos dar a mão, e nos guiar,
Nos momentos de alegria e nos momentos de tristeza.

Dois mil e poucos anos se passaram...
As pessoas caminham apressadas nas ruas.
O riso se mistura com o choro,
E a alegria com a tristeza...
Algumas estão muito atarefadas,
Pensando em tudo quanto tem de fazer...

Algumas se esbarram e pedem desculpas,
Já outras, se estressam e se xingam.
As lojas abarrotadas, muitos gastando o que não tem...
Para presentear e presentear...

As lojas estão coloridas, enfeitadas e bonitas,
Alguns vão às igrejas orar...
É um caleidoscópio de imagens e cores,
Sentimentos e ressentimentos,
Nas ruas e nos lares...

Correrias e desencontros,
Muitos caindo nos bares,
E festejando sem saber bem o quê...

Então, eu me lembro do menino,
Aquele pequeno menino, que nasceu a 2014 anos atrás,
Ele ainda está na manjedoura sorrindo,
De forma terna e fraterna,
Olhando-nos com seus pequenos olhos brilhantes,
Cheios de promessas de amor... E de paz...

O que eu desejo para você, neste Natal?
Que você olhe nestes olhos limpos e lindos,
Que você saiba que o amor não se perdeu,
Que você sinta que Deus está com você,
E Seus braços te guiam e te querem feliz.

As tristezas do mundo passarão um dia,
E nesse dia, você vai estar lá, com Ele,
Neste mundo novo, sem dores, sem tristezas,
Neste mundo novo, onde todos seremos irmãos...


by Andréa W. Petry


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Preciso viver

Entreguei-te meu coração,
A minha juventude,
O meu tempo...

Entreguei-te meus sonhos,
O meu desejo de ser feliz.

Entreguei-te as minhas expectativas,
A minha compreensão...

Sim, a minha compreensão...

Sempre busquei motivos para os teus atos,
Aqueles que fugiam ao meu entendimento.

Sempre sondei os teus problemas,
Sempre te estendi a mão,
Mesmo quando você não via...

Ah, o tempo passou...
E eu comecei a sangrar...

Tudo começou a doer aqui, dentro do peito.
Então olhei em volta e não gostei do que vi:
Meus olhos inchados,
Meu peito cortado,
Minhas mãos tremendo,
Minha mente, doente...

E, dentro da minha tristeza,
E da minha cabeça confusa,
Uma vontade de mudança germinou.

Então ergui meus braços e fechei minha porta.
Depois fechei as minhas janelas,
E cerrei minhas cortinas.

Eu sei que a tristeza permanecerá,
De uma forma diferente, mas permanecerá.
Pois aquilo que fracassa, sempre dói,
E nos entristece...

Só que eu preciso ser livre,
Eu preciso sorrir,
Eu preciso viver...

Peço-te desculpas, de verdade.
Só que eu preciso, urgentemente, ser feliz,
E viver...

Andréa W. Petry

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.


Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.


A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.


Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.


À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.


Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Exatas lágrimas...


Quando um robô chora, suas lágrimas são exatas, como num cálculo matemático... E você? Chora assim também?