segunda-feira, 20 de maio de 2013

Atenção!


Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.

Platão

Para que serve um livro?


Para que serve um livro?, de Chloé Legeay, é um livro de singular simplicidade e profundidade que, com pouco texto e ilustrações muito próximas ao real e ao imaginário das crianças, consegue demonstrar como um livro é capaz de contribuir na formação do mundo interior de todos os leitores. Com delicadeza e humor, a autora convida o leitor a mergulhar nos detalhes de cada ilustração e fazer inúmeras descobertas. Para que serve um livro? é um delicioso tributo aos livros e à importância da leitura.

Editora Pulo do Gato 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Amigos?


Sempre cabe mais um...
 

A Cabana


A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar áquele cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta a cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O mundo vive em você

Você pode dizer adeus a sua família e a seus amigos e afastar-se milhas e milhas e, ao mesmo tempo, carregá-los em seu coração, em sua mente, em seu estômago, pois você não apenas vive no mundo, mas o mundo vive em você.
 
Frederick Buechner


terça-feira, 7 de maio de 2013

Um olhar


Caminhando pela rua sob um molhar de chuva fina, virei meu rosto e fui ofuscada pela luz dos faróis inquietos. Diante daquele brilho branco e acesso vislumbrei um olhar, guardado a muito em meus armários de lembranças.

Um olhar límpido e brilhante, um olhar sorrindo, sem que eu precisasse confirmar olhando os lábios.

Voltei um pouco em lembranças que eu não queria rever. Mas, desta vez, não doeu.

Não, não doeu ver esses olhos limpos e alegres. Olhos limpos e sublimes. Olhos lindos...

Apenas fiquei em paz observando a lembrança, nos segundos que durou.

Depois apressei meus passos e segui meu caminho.


A vida me espera...

Andréa W. Petry


Imagem de www.everystockphoto.com

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Sem fome de pão

Foi num dia qualquer, de um verão tropical, na cidade de Angra. Lugar paradisíaco, que muitos estamos acostumados a ver estampado em revistas e na televisão.

O garoto aproximou-se da casa bonita, colocou a carinha entre as grades do portão alto e forte, e ficou olhando.

A dona da casa, senhora distinta, regava o jardim. Fazia a tarefa devagar, como quem distribui com as gotas d’água um tanto de carinho.

O menino dos seus nove anos, segurando com ambas as mãos as grades, de um lado e outro do rosto magro, pediu:

- Ei, dona, tem pão velho?

Ela se voltou surpresa. Fechou o esguicho d’água. Desde a sua infância, aquele tipo de situação a incomodava. Da adolescência trazia uma mensagem dentro de si de que, quando alguém pedia pão velho, na verdade estava dizendo: Me dá o pão que era meu e ficou na sua casa e você esqueceu de comer, porque tem muitas outras coisas deliciosas para saborear.

Ela caminhou até o portão e perguntou:

- Onde você mora?

Ele falou o bairro, bem distante.

- Mas é muito longe, disse a senhora.

- Pois é. Eu sei que é longe, mas eu tenho que pedir as coisas para comer.

- Você está na escola?

- Não, disse ele. Minha mãe não pode comprar material.

Agora, ela já estava tão próxima dele que quase o podia tocar. Ele tinha um rostinho tão delicado. Pena que estivesse um tanto sujo.

Pensou nos próprios filhos, tão bem cuidados, penteados, roupa limpa, calçados brilhantes e lancheira cheia para levar à escola.

O rostinho miúdo parecia só ter olhos. Espertos. Inteligentes e sofridos.

- Seu pai mora com vocês? Arriscou a dama.

- Ele sumiu, respondeu a vozinha triste.

O papo prosseguiu. Ela até se esqueceu do jardim e das flores. Ali estava uma flor muito mais importante e mais necessitada de água, adubo, terra fofinha.

Finalmente, ela se recordou da fome do menino e fazendo um gesto de quem se dirigia para dentro a fim de buscar alguma coisa, exclamou:

- Espere um pouco. Vou buscar o pão. Não tenho pão velho. Serve novo?

- Não precisa não, senhora. A senhora já conversou comigo. Tchau.

E desapareceu ladeira abaixo.

A resposta caiu como um raio no coração da mulher. Teve a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança.

Um menino de nove anos, já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de um papo, de uma conversa amiga.

Naquele dia, a senhora aprendeu um novo significado para o pedido de pão velho. Significa dizer: Converse comigo, dê-me a alegria de ser amado.

Por isso, ela continua dando pão novo, fresquinho, com doce, manteiga, queijo e salaminho. Mas, antes de tudo, ela compartilha o pão das pequenas conversas, um pão que nunca fica velho, porque é fabricado no coração de quem acredita nAquele que disse um dia: Eu sou o pão da vida!

*   *   *
O pão mata a fome do corpo. A palavra nutre o coração entristecido.


De Momento Espírita 

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Amar...

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."

Clarice Lispector

Imagem de www.everystockphoto.com