Pessoas não são brinquedos. Ninguém se sente amado e relaxado em uma
relação com descontentamento, com críticas, ofensas, depreciações,
decepções, falta de respeito, falta de cuidado, falta de atenção, falta
de compreensão e principalmente falta de consideração. Ninguém se sente
entusiasmado ou empolgado sobre um futuro a qual nem o presente mostra
segurança e solidez. Ninguém se sente protegido quando percebe que esta realmente sozinho, que não se pode contar com nada e ninguém a momento
algum.
Ninguém se sente protegido quando é abandonado e ignorado
facilmente á conveniência de nossas razões, na grande maioria das vezes,
sempre errada. Não se pode ser egoísta amando. O amor não floresce
individualismo. Não floresce inflexibilidade e muito menos falta de
paciência e benevolência. Amor constrói, não destrói. Nosso amor se
torna insuficiente quando nos tornamos egoístas e cegos demais para
acreditar que em nada precisamos mudar ou melhorar. Quando não aceitamos
o perdão do próximo e principalmente quando não acreditamos que
precisamos ser perdoados também. Quando achamos que estamos sempre
certos, acabamos por errar sempre muito. O amor se torna fraco quando
nos comportamos de forma a não priorizar o que deveríamos honrar para agradar nosso parceiro ou torna-lo mais feliz. Somos sim responsáveis
por boa parte da felicidade de quem amamos, porque são nossos atos
positivos e elegantes que completam as alegrias de quem é realmente
importante pra nós.
E
o que importa mesmo para nós? Ser feliz? Buscar ser feliz com quem
amamos? Buscar agradar incondicionalmente quem amamos? Compreender
principalmente quem um dia desejamos ao lado envelhecer? Importa pensar
com mais afeto e interesse sobre os interesses desse que caminha ao
nosso lado? O que mais importa? Se expor as vezes, infelizmente, para
salvar ou consertar o que realmente importa? A opinião vaga e sem aprofundamento de estranhos importa? O envolvimento de terceiros em um
amor que só diz respeito a duas pessoas importa? E com que direito damos
liberdade a outros para falar sobre o que não sabem, não sentem ou não
conhecem? Quando acreditamos que amar realmente é apenas o que
oferecemos, sem buscar sentir e conhecer as necessidades do nosso
parceiro, fechamos os olhos para o nosso próprio EGO e VAIDADE.
Quem
ama, deve desejar que o outro se sinta realmente preenchido de todas as
formas, pois a busca pela nossa própria satisfação, esta também em ter
prazer em satisfazer quem espera o melhor de nós. Infelizmente pregamos
muito amor e não agimos com amor com quem amamos realmente. Falamos de
paz e luz e escolhemos permanecer na escuridão com nossas próprias
rígidas filosofias. Amar não precisa de credores. Ninguém deve ser grato
pelo amor de ninguém. O amor é como caridade feita com boa vontade, ele
oferece o nosso melhor e exige de nós o nosso máximo sem que tenhamos
que ser escravos do nosso próprio sentimento. Ninguém pode amar e
esperar algo em troca. A gratidão vem quando percebemos a satisfação do
outro em nos ver cada vez mais realizados. Amei muito, nunca amei tanto,
nunca amarei tanto…
Mas, antes de amar qualquer um, preciso amar a quem
realmente seguirá comigo uma eternidade: EU MESMA.
Desconheço a autoria