quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Do amor


Antes de colocar alguém na vida de vocês, se certifiquem de que são aptos a honrar a responsabilidade todas as vezes que sair de sua boca EU TE AMO. A essência do que somos não pode ser limitada a forma conveniente a qual tratamos quem dizemos amar. Ninguém pode amar apenas do jeito que quer e na hora que quer. 

Pessoas não são brinquedos. Ninguém se sente amado e relaxado em uma relação com descontentamento, com críticas, ofensas, depreciações, decepções, falta de respeito, falta de cuidado, falta de atenção, falta de compreensão e principalmente falta de consideração. Ninguém se sente entusiasmado ou empolgado sobre um futuro a qual nem o presente mostra segurança e solidez. Ninguém se sente protegido quando percebe que esta realmente sozinho, que não se pode contar com nada e ninguém a momento algum. 

Ninguém se sente protegido quando é abandonado e ignorado facilmente á conveniência de nossas razões, na grande maioria das vezes, sempre errada. Não se pode ser egoísta amando. O amor não floresce individualismo. Não floresce inflexibilidade e muito menos falta de paciência e benevolência. Amor constrói, não destrói. Nosso amor se torna insuficiente quando nos tornamos egoístas e cegos demais para acreditar que em nada precisamos mudar ou melhorar. Quando não aceitamos o perdão do próximo e principalmente quando não acreditamos que precisamos ser perdoados também. Quando achamos que estamos sempre certos, acabamos por errar sempre muito. O amor se torna fraco quando nos comportamos de forma a não priorizar o que deveríamos honrar para agradar nosso parceiro ou torna-lo mais feliz. Somos sim responsáveis por boa parte da felicidade de quem amamos, porque são nossos atos positivos e elegantes que completam as alegrias de quem é realmente importante pra nós.  

E o que importa mesmo para nós? Ser feliz? Buscar ser feliz com quem amamos? Buscar agradar incondicionalmente quem amamos? Compreender principalmente quem um dia desejamos ao lado envelhecer? Importa pensar com mais afeto e interesse sobre os interesses desse que caminha ao nosso lado? O que mais importa? Se expor as vezes, infelizmente, para salvar ou consertar o que realmente importa? A opinião vaga e sem aprofundamento de estranhos importa? O envolvimento de terceiros em um amor que só diz respeito a duas pessoas importa? E com que direito damos liberdade a outros para falar sobre o que não sabem, não sentem ou não conhecem? Quando acreditamos que amar realmente é apenas o que oferecemos, sem buscar sentir e conhecer as necessidades do nosso parceiro, fechamos os olhos para o nosso próprio EGO e VAIDADE. 

Quem ama, deve desejar que o outro se sinta realmente preenchido de todas as formas, pois a busca pela nossa própria satisfação, esta também em ter prazer em satisfazer quem espera o melhor de nós. Infelizmente pregamos muito amor e não agimos com amor com quem amamos realmente. Falamos de paz e luz e escolhemos permanecer na escuridão com nossas próprias rígidas filosofias. Amar não precisa de credores. Ninguém deve ser grato pelo amor de ninguém. O amor é como caridade feita com boa vontade, ele oferece o nosso melhor e exige de nós o nosso máximo sem que tenhamos que ser escravos do nosso próprio sentimento. Ninguém pode amar e esperar algo em troca. A gratidão vem quando percebemos a satisfação do outro em nos ver cada vez mais realizados. Amei muito, nunca amei tanto, nunca amarei tanto… 

Mas, antes de amar qualquer um, preciso amar a quem realmente seguirá comigo uma eternidade: EU MESMA. 

Desconheço a autoria