terça-feira, 9 de abril de 2013

As curvas do caminho


Gosto de curvas, principalmente daquelas que delineiam suavemente caminhos que muitas vezes são extremamente retos.

Quando olho um caminho assim, reto, mas que vez ou outra se inclina em uma curva, fico lembrando da nossa existência como seres humanos.

Temos um tempo de vida aqui neste maravilhoso planeta chamado Terra. Este tempo pode ser curto ou longo. No início nosso caminho pode ter mais curvas, ou não. Vai depender de como fomos criados por nossos pais ou responsáveis por nós.

Com o tempo, geralmente quando já temos definidos em nós os princípios que nos passaram na infância, nosso caminho passa a ser um tanto reto. E isto é bom, no sentido dos bons princípios da bondade, honestidade, amor a Deus e ao próximo.

Contudo, volta e meia surge em nosso caminho algo que nos impede de continuar seguindo assim, de forma retilínea e invariável. Pode ser uma situação difícil, a perda do emprego, a perda de alguém, problemas dos mais diversos.

É quando aprendemos a fazer curvas. Algumas tem de ser drásticas, outras, mais suaves. E, no momento em que delineamos nosso caminho com essas curvas, invariavelmente, ele fica mais bonito.

Geralmente no momento em que estamos construindo a curva, não percebemos a beleza que ela traz ao nosso andar. Mas acredite, ele fica mais belo. Ele se derrama sobre a paisagem do nosso mundo e permite que cruzemos com os caminhos de outras pessoas.

Aprender a fazer curvas não é negar ou contrariar os nossos princípios, não. Eles devem continuar ali, no nosso coração. Deus e nossos princípios devem ser o nosso norte.

Porém é imprescindível que saibamos fazer curvas quando a vida exige. Pois enquanto não aprendemos, corremos o risco de ficarmos estagnados no mesmo ponto do caminho...

E acredite: por mais difícil que seja caminhar e fazer curvas, esse andar traz belezas incontáveis.

Fique em Paz.

Andréa W. Petry