Por que você me
disse para fazer sempre o certo,
Quando você nem
sempre fazia...
E por que você me
exigiu tanta perfeição,
Se você foi
completamente imperfeito...
Por que você
vestiu máscaras na frente dos homens,
Se na minha
frente, você mostrou uma faceta tão diferente do seu eu...
E por que você
exigiu que eu seguisse os seus passos,
Quando não era
possível, para mim, viver assim...
Ao mesmo tempo em
que entendo, por outro lado, talvez nunca aceite,
Essa importância
que você deu a tantos outros,
E a pouca
importância que você deu àqueles que te amavam...
Não guardo mágoa,
nem duvido do teu amor,
Só esse vazio,
esse vazio de saber que tudo poderia ter sido tão diferente.
Tão diferente,
Pai...
Andréa W. Petry