Não estejas longe de mim um só dia, porque como,porque, não sei dizê-lo, é comprido o dia,e te estarei esperando como nas estaçõesquando em alguma parte dormitaram os trens.Não te vás por uma hora porque entãonessa hora se juntam as gotas do desveloe talvez toda a fumaça que anda buscando a casavenha matar ainda meu coração perdido.Ai que não se quebrante tua silhueta na areia,ai que não voem tuas pálpebras na ausência:não te vás por um minuto, bem-amada,porque nesse minuto terás ido tão longeque eu cruzarei toda a terra perguntandose voltarás ou se me deixarás morrendo.Do livro: Cem sonetos de Amor de Pablo Neruda
"Sim, eu tenho sonhos, e dos meus sonhos, eu colho estrelas, para iluminar o meu caminho..." Andréa W. Petry
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Soneto XLV (Pablo Neruda)
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Zigao, o Senhor de Ye, gostava tanto de dragões que havia mandado esculpir e pintar vários deles na sua casa e nas louças e só vestia roupa...