quinta-feira, 12 de julho de 2012

Da comunicação...


Das minhas tantas dúvidas, eu insisto em perguntar: "por quê esta tristeza?", "está tudo bem com você?", "foi bom o seu dia?", "eu disse ou fiz algo que você não gostou?"...

Eu insisto em perguntar... Talvez por ter havido tão pouco diálogo na minha família, o tempo inteiro, desde a infância até a idade adulta. Talvez por eu ter visto tanto desencontro, tanto desentendimento, pela falta de uma simples pergunta, ou pela falta de uma resposta firme, porém carinhosa... Não é preciso responder, quando não se quer. Mas um simples: "Não quero falar agora, ok?" ou "Estou triste agora, prefiro não conversar"... É isto, tão simples, mas tão pouco usual. Fico pensando quantas discussões, desentendimentos, rompimentos, sofrimentos,... poderiam ter sido evitados. É tudo uma questão de... FALAR...

Este FALAR porém, deve estar baseado no respeito, na confiança e no querer bem...

Eu, particularmente, fiz muitas perguntas na minha vida e destas, muitas bateram em uma parede e fizeram eco nas atitudes das pessoas, mas não tive o prazer de ouvir uma simples resposta. E o que aconteceu? Fui deixando de perguntar... Passei a tentar adivinhar e então... então me perdi em suposições que não podia provar...

Porque o ser humano sabe FALAR? Para se comunicar, não é? Tanto que pessoas que falam idiomas totalmente diferentes tem grande dificuldade em enterder umas às outras...

Pois as vezes o que me parece é que pessoas que falam o mesmo idioma não sabem o poder da palavra, da comunicação,... E então, tantas coisas se perdem, coisas por vezes preciosas, que não serão jamais substituídas ou recuperadas.

Agora aprendi a calar... Mas não desaprendi a falar... Agora falo com pessoas às quais quero bem, e sei que dão a devida importância ao diálogo. Calo com pessoas que também quero bem, mas que nunca me brindam com uma resposta...

É isto, muitas vezes nosso medo da incompreensão ou desaprovação, do isolamento, este mesmo medo, nos faz calar até com as pessoas que mais prezamos. E então ocorre que acabamos por não nos compreender e isolar. Se o resultado é o mesmo, não seria melhor tentar FALAR?

Beijos aos leitores, com carinho,
Andréa